Como encontrar o parceiro ideal, sem sofrer com ansiedade ou depressão

A pergunta “Por que eu não consigo ninguém?” ecoa nos corredores do meu consultório, carregada de frustração, ansiedade e, muitas vezes, um toque de desespero. É uma questão que toca o centro de nossas necessidades humanas mais básicas: conexão, afeto e pertencimento. Por isso, frequentemente me deparo com pacientes que expressam uma profunda angústia relacionada à busca por um parceiro romântico.

O desejo de encontrar um parceiro é, de fato, uma constante nos interesses de busca da maioria das pessoas. Seja nas conversas com amigos, nas sessões de terapia ou nas pesquisas online, esse tema ressurge constantemente, moldando não apenas nossas interações sociais, mas também nossa saúde mental e bem-estar emocional.

Dessa forma, mergulharemos profundamente nessa questão, explorando não apenas os motivos pelos quais alguém pode sentir dificuldade em encontrar um parceiro, mas também como essa busca pode impactar nossa saúde mental, potencialmente levando à ansiedade e depressão. Mais importante ainda, discutiremos estratégias práticas e insights psicológicos que podem ajudar não apenas na busca por um relacionamento, mas no desenvolvimento de uma relação saudável consigo mesmo.

Lembro-me de um paciente que certa vez me disse: “Doutor, parece que todos ao meu redor encontraram o amor, menos eu. O que há de errado comigo?” Essa sensação de “ficar para trás” é comum, mas como veremos, o caminho para encontrar um parceiro começa com um olhar honesto para dentro de si mesmo.

Sente-se confortavelmente e prepare-se para uma nova perspectiva sobre relacionamentos e amor próprio. Afinal, o caminho para encontrar alguém especial muitas vezes começa com a descoberta de quão especial você mesmo é.

O impacto emocional da busca por um parceiro

A busca por um parceiro romântico pode ser uma jornada emocionalmente intensa e, por vezes, desgastante. Tenho observado que essa busca frequentemente desencadeia uma série de respostas emocionais que podem impactar significativamente a saúde mental de um indivíduo. Vamos explorar dois aspectos cruciais desse impacto: a ansiedade e a depressão.

Ansiedade e expectativas:

A ansiedade relacionada à busca por um parceiro é um fenômeno comum que observo. Muitos pacientes relatam uma sensação constante de inquietação e preocupação sobre encontrar alguém. Frequentemente se comparam com a amiga ou o colega que está num excelente relacionamento. Assim, esta ansiedade pode se manifestar de várias formas:

  • Medo do futuro: “E se eu nunca encontrar ninguém?”
  • Preocupação excessiva com a aparência: “Será que sou atraente o suficiente?”
  • Ansiedade social: “Como posso me aproximar de alguém sem parecer desesperado?”
  • Pensamentos ruminantes: Reviver constantemente interações passadas, analisando cada detalhe.

É importante entender que um nível moderado de ansiedade pode ser normal e até motivador. No entanto, quando essa ansiedade começa a interferir na vida diária, no trabalho ou nas relações sociais, torna-se um problema que precisa ser abordado.

Depressão e sentimentos de inadequação:

Quando a busca por um parceiro se prolonga sem sucesso, muitas pessoas começam a experimentar sintomas depressivos. Isso pode incluir:

  • Sentimentos de inadequação: “Deve haver algo errado comigo.”
  • Baixa autoestima: “Talvez eu não seja digno de ser amado.”
  • Isolamento social: Evitar situações sociais para evitar lembrar da própria “falha” em encontrar alguém.
  • Perda de interesse em atividades antes prazerosas.
  • Alterações no sono e apetite.

É crucial reconhecer que esses sentimentos, embora comuns, não refletem a realidade. O valor de uma pessoa não é determinado por seu status de relacionamento. No entanto, esses pensamentos negativos podem criar um ciclo vicioso, afetando ainda mais as chances de encontrar um parceiro.

Porém, como lidar com essas emoções:

  • Reconhecimento: O primeiro passo é reconhecer e validar seus sentimentos. É normal sentir-se ansioso ou triste em relação à busca por um parceiro.
  • Desafiar pensamentos negativos: Questione pensamentos automáticos como “Nunca vou encontrar alguém”. São eles baseados em fatos ou em medos?
  • Praticar o autocuidado: Mantenha uma rotina saudável de sono, alimentação e exercícios. O bem-estar físico impacta diretamente o emocional.
  • Buscar apoio: Conversar com amigos, familiares ou um terapeuta pode oferecer perspectivas valiosas e suporte emocional.
  • Focar no crescimento pessoal: Use este tempo para investir em si mesmo, desenvolvendo interesses e habilidades.
  • Mindfulness e meditação: Estas práticas podem ajudar a acalmar a mente ansiosa e trazer você para o momento presente.

Lembro-me de uma paciente que estava profundamente deprimida por estar solteira aos 35 anos. Trabalhamos juntos para mudar seu foco da “falha em encontrar alguém” para o “sucesso em construir uma vida plena“. Com o tempo, ela não apenas superou a depressão, mas também se tornou mais confiante e aberta a conexões genuínas. Nem preciso dizer a continuação da história, certo?

É fundamental entender que a busca por um parceiro não deve ser à custa de sua saúde mental. Ao abordar a ansiedade e a depressão de forma proativa, você não apenas melhora sua qualidade de vida, mas também se torna mais equipado para formar conexões saudáveis e duradouras quando o momento certo chegar.

Olhando para si mesmo: a importância do autoconhecimento

Percebo que muitas pessoas, em sua busca frenética por um parceiro, frequentemente negligenciam um aspecto crucial: o autoconhecimento. Também conhecido como “o olhar para si mesmo”. Porém, é justamente esse olhar para dentro que pode ser a chave para encontrar não apenas um parceiro, mas o parceiro certo. Dessa forma, acabando com as frustrações de se relacionar com pessoas erradas, aventuras e vazios do dia seguinte.

Autoestima e autoimagem:

A maneira como nos vemos tem um impacto profundo em como nos apresentamos ao mundo e, consequentemente, em como atraímos (ou não) potenciais parceiros. Aqui estão alguns pontos importantes a considerar:

  • Autocrítica excessiva: Muitas vezes, somos nossos piores críticos. Observe se você está constantemente se depreciando ou focando apenas em seus defeitos.
  • Comparação com os outros: Na era das redes sociais, é fácil cair na armadilha de comparar nossa vida “nos bastidores” com o “palco” dos outros. Lembre-se, o que vemos online raramente reflete a realidade completa. E enfatizo a palavra raramente!
  • Valorizando suas qualidades: Faça um exercício de listar suas qualidades positivas. Peça a amigos e familiares para contribuir. Muitas vezes, os outros veem virtudes em nós que nós mesmos não reconhecemos.
  • Aceitação: Trabalhe na aceitação de quem você é, incluindo suas imperfeições. A autoaceitação é incrivelmente atraente.

Frequentemente peço aos pacientes que façam um “inventário pessoal”, listando seus pontos fortes, fracos, valores e objetivos de vida. Este exercício muitas vezes revela insights surpreendentes e ajuda a construir uma autoimagem mais realista e positiva.

Identificando padrões de comportamento:

Nossos comportamentos em relacionamentos são frequentemente moldados por experiências passadas, muitas vezes de forma inconsciente. Identificar esses padrões é crucial:

  • Histórico familiar: Como eram os relacionamentos em sua família de origem? Muitas vezes, replicamos padrões que observamos na infância.
  • Relacionamentos passados: Há temas recorrentes em seus relacionamentos anteriores? Por exemplo, você tende a se atrair por pessoas emocionalmente indisponíveis?
  • Mecanismos de defesa: Você se fecha emocionalmente para evitar ser magoado? Ou talvez se apegue muito rapidamente por medo de ficar sozinho?
  • Expectativas e crenças: Quais são suas crenças sobre relacionamentos? Elas são realistas ou baseadas em idealizações?

Um exemplo de um paciente pode ilustrar essa ideia. Meu paciente, sempre se queixava de não conseguir manter relacionamentos duradouros. Ao explorarmos seu histórico, descobrimos que ele tinha um padrão de se afastar emocionalmente assim que as coisas ficavam sérias, reflexo de um medo de abandono originado na infância. Reconhecer esse padrão foi o primeiro passo para mudá-lo.

Ferramentas para o autoconhecimento:

Existem diversas ferramentas para nos ajudarmos nesse processo de autoconhecimento. Pois é através desse processo e dessas ferramentas (só estou colocando algumas abaixo) que você se descobre e pode dar o próximo passo para encontrar a pessoa que mais se encaixa na sua vida.

  • Journaling: Escrever regularmente sobre seus pensamentos e sentimentos pode revelar padrões e insights valiosos.
  • Meditação e mindfulness: Estas práticas podem aumentar sua autoconsciência e ajudar a identificar pensamentos e emoções automáticos.
  • Terapia: Um profissional pode oferecer uma perspectiva objetiva e ferramentas para explorar seu mundo interno.
  • Feedback de pessoas próximas: Às vezes, aqueles que nos conhecem bem podem oferecer perspectivas que não conseguimos ver por conta própria.
  • Testes de personalidade: Embora não sejam definitivos, testes como o MBTI ou o Big Five podem oferecer insights interessantes sobre sua personalidade.

Gosto de enfatizar que o autoconhecimento não é apenas sobre identificar áreas de melhoria. É também sobre reconhecer e valorizar suas qualidades únicas. Quanto mais você se conhece e se aceita, mais autêntico e confiante você se torna – qualidades extremamente atraentes em potenciais parceiros.

Tive um cliente que era uma nerd. Adorava jogos, animes e desenhos japoneses. Porém, suas amigas eram todas elegantes queriam ir nas baladas mais chiques e conhecer caras que elas julgavam interessantes. Mas, minha paciente gostava de ler, de ter conversas mais cultas. Porém, ela escondia seu lado nerd, seu lado intelectual. Após algumas conversas com a psicóloga, conseguimos reduzir sua ansiedade social e ela mesma se inseriu no ambiente certo. Assumindo quem ela era e do que gostava. Junto com essa felicidade, veio um parceiro que lhe faz companhia e se encaixa bem em sua vida.

Agora, deixo claro que o autoconhecimento é um processo contínuo. Não é algo que você “termina”, mas uma jornada que continua ao longo da vida. E é essa jornada que não apenas o prepara para um relacionamento saudável, mas também enriquece sua vida, independentemente de seu status de relacionamento. Inclusive, porque você está sempre mudando, sempre se aprimorando.

Cuidando de si: a base para relacionamentos saudáveis

As pessoas que têm mais sucesso em relacionamentos são aquelas que primeiro aprenderam a cuidar bem de si mesmas. O autocuidado não é egoísmo. Ele é a base fundamental para construir conexões saudáveis e duradouras com os outros. Por isso, te convido a explorar como o cuidado consigo mesmo pode impactar positivamente sua busca por um parceiro e sua saúde mental em geral.

Saúde mental e bem-estar emocional:

Compartilho contigo algumas possibilidades que podem te ajudar a manter a sua saúde mental em dia e trazer um bem-estar emocional. Reitero que uma pessoa que está bem consigo mesma, atrai pessoas de energia equivalente. É simples assim. Se você quer alguém que se encaixe e seja um parceiro interessante para você, cuide de si com pelo menos duas dessas técnicas:

  • Priorize sua saúde mental: Não hesite em buscar ajuda profissional se estiver enfrentando desafios emocionais. A terapia pode ser um excelente recurso para trabalhar questões pessoais e desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis.
  • Pratique técnicas de redução de estresse: Meditação, yoga, ou simplesmente respiração profunda podem ajudar a gerenciar a ansiedade e o estresse do dia a dia.
  • Estabeleça uma rotina de sono saudável: O sono adequado é crucial para o equilíbrio emocional e a clareza mental. Tente manter um horário regular de sono e criar um ambiente propício para o descanso.
  • Alimente-se bem: Uma dieta equilibrada não apenas beneficia seu corpo, mas também sua mente. Certos alimentos podem ajudar a melhorar o humor e reduzir a ansiedade.
  • Pratique a autoaceitação: Trabalhe para aceitar suas imperfeições. Lembre-se, ninguém é perfeito, e suas “falhas” são parte do que te torna único.

Tive um paciente que queria encontrar uma mulher sadia e cheia de vitalidade. Uma mulher que ele pudesse se inspirar e cuidar de si mesmo também. Com a ajuda de nossa psicóloga parceira, trabalhamos esse conceito de autocuidado e colocamos ele em primeiro lugar. Dessa forma, se você quer uma mulher que se cuida e é saudável, você precisa ser um homem que se cuida e é saudável. Bom, ele se tornou o homem saudável que queria e encontrou uma mulher, atual esposa, que se inspira nele e começou a viver de forma saudável também. Ambiente muda tudo!

Desenvolvimento pessoal e interesses próprios:

Apaixone-se por si. Deixe seu corpo e sua mente receber o melhor que você pode dar. Seja através de novidades ou o que for. O parceiro ideal pode estar escondido no curso que você sempre quis fazer e procrastina, nas amizades que nega, nos momentos em que você está mais relaxado. Pense nisso:

  • Invista em seus hobbies e paixões: Dedicar-se a atividades que você ama não apenas enriquece sua vida, mas também o torna uma pessoa mais interessante e realizada.
  • Estabeleça metas pessoais: Ter objetivos próprios, independentes de um relacionamento, é fundamental para manter sua identidade e senso de propósito.
  • Aprenda coisas novas: O aprendizado contínuo mantém sua mente ativa e aumenta sua autoestima. Pode ser um novo idioma, uma habilidade ou qualquer área de interesse.
  • Cultive amizades: Relacionamentos platônicos saudáveis são cruciais para o bem-estar emocional e podem ajudar a aliviar a pressão de encontrar um parceiro romântico.
  • Pratique a gratidão: Reconhecer e apreciar o que você tem na vida pode mudar significativamente sua perspectiva e aumentar sua felicidade geral.

Por que o autocuidado é crucial na busca por um parceiro:

É importante a gente entender o motivo do autocuidado ser tão importante. Pois é através dele que vamos nos conectar com a pessoa certa. Sem estresse, sem ansiedade e sem sofrer se comparando com o outro. Deixa eu te exemplificar algumas coisas que são positivas dessa jornada.

  • Atração autêntica: Quando você está bem consigo mesmo, isso naturalmente atrai pessoas que apreciam quem você realmente é.
  • Independência emocional: O autocuidado reduz a tendência de buscar um parceiro para “completar” você, permitindo relacionamentos mais saudáveis e equilibrados.
  • Resiliência: Uma boa base de autocuidado o torna mais resiliente frente aos desafios e rejeições que podem surgir na busca por um parceiro.
  • Exemplo positivo: Cuidar bem de si mesmo estabelece um padrão para como você espera ser tratado em um relacionamento.
  • Energia e positividade: O autocuidado aumenta sua energia e otimismo, tornando-o mais atraente e aberto a novas conexões.

É importante lembrar que o autocuidado não é uma tarefa a ser concluída, mas um compromisso contínuo consigo mesmo. Como costumo dizer aos meus pacientes: “Você não pode dar de um copo vazio. Cuide-se primeiro para poder oferecer o melhor de si aos outros.”

Exercício prático: Crie um “plano de autocuidado” semanal. Inclua atividades que nutram seu corpo, mente e espírito. Pode ser algo tão simples quanto reservar 30 minutos por dia para ler, praticar um hobby ou fazer exercícios. O importante é ser consistente e fazer dessas práticas uma prioridade.

Lembre-se, o objetivo não é se tornar “perfeito” antes de buscar um relacionamento. É sobre criar uma base sólida de bem-estar e autoestima que o permita entrar em relacionamentos de forma saudável e autêntica.

Ambientes e oportunidades

É grande a quantidade de vezes que ouço pacientes dizendo: “Doutor, eu simplesmente não encontro ninguém interessante“. Muitas vezes, o problema não é a falta de pessoas interessantes, mas sim a limitação dos ambientes em que estamos procurando. Expandir seus horizontes e criar novas oportunidades de encontro pode fazer uma grande diferença na sua busca por um parceiro.

Passo 1: expandindo círculos sociais:

  • Saia da sua zona de conforto: É natural nos sentirmos confortáveis com nossa rotina habitual, mas isso pode limitar nossas chances de conhecer novas pessoas. Desafie-se a explorar novos ambientes.
  • Participe de grupos de interesse: Procure grupos locais ou online que compartilhem seus hobbies ou paixões. Isso não apenas aumenta suas chances de conhecer alguém compatível, mas também enriquece sua vida social.
  • Voluntariado: Engajar-se em causas que você considera importantes não só é gratificante, mas também pode conectá-lo com pessoas que compartilham seus valores.
  • Networking profissional: Expanda sua rede profissional. Muitos relacionamentos começam através de conexões de trabalho ou eventos da indústria.
  • Viagens e experiências culturais: Viajar, mesmo que seja para uma cidade próxima, pode expor você a novas pessoas e perspectivas.

Passo 2: atividades e hobbies como forma de conexão:

  • Aulas e workshops: Inscreva-se em aulas relacionadas aos seus interesses. Pode ser culinária, dança, fotografia, ou qualquer coisa que desperte sua curiosidade.
  • Eventos culturais: Frequente museus, galerias de arte, concertos ou festivais. Esses ambientes são ótimos para conhecer pessoas com interesses similares.
  • Esportes e atividades físicas: Junte-se a uma equipe esportiva amadora ou participe de aulas de fitness em grupo. A atividade física não só é boa para a saúde, mas também cria um ambiente natural para interações.
  • Clubes de leitura ou discussão: Esses grupos oferecem uma ótima oportunidade para conexões intelectuais e conversas estimulantes.
  • Aplicativos e plataformas online: Embora não devam ser sua única estratégia, apps de relacionamento podem expandir significativamente suas oportunidades de conhecer pessoas novas.

Passo 3: maximize as oportunidades:

  • Mantenha-se aberto: Nem toda interação precisa ter um objetivo romântico. Às vezes, uma nova amizade pode levar a conexões inesperadas.
  • Pratique a presença: Quando estiver em ambientes sociais, esteja verdadeiramente presente. Guarde o celular e engage-se genuinamente com as pessoas ao seu redor.
  • Diga “sim” mais vezes: Quando for convidado para eventos ou atividades, mesmo que não sejam sua primeira escolha, considere aceitar. Você nunca sabe quem pode conhecer.
  • Crie suas próprias oportunidades: Não espere ser convidado. Organize encontros, jantares ou atividades em grupo. Isso não apenas expande seu círculo social, mas também demonstra iniciativa e liderança.
  • Seja consistente: Frequentar regularmente os mesmos lugares ou grupos aumenta suas chances de formar conexões mais profundas ao longo do tempo.

É importante lembrar que o objetivo não é apenas encontrar um parceiro, mas enriquecer sua vida social e pessoal como um todo. Como costumo dizer aos meus pacientes: “Viva uma vida que você ama, e você naturalmente atrairá pessoas que amam a vida que você vive.

Exercício prático: Faça uma lista de três novas atividades ou ambientes que você gostaria de explorar nas próximas semanas. Comprometa-se a tentar pelo menos uma delas. Lembre-se, o objetivo é expandir seus horizontes e criar novas oportunidades de conexão.

Ao expandir seus ambientes e oportunidades, você não apenas aumenta suas chances de encontrar um parceiro compatível, mas também enriquece sua própria vida. Lembre-se, cada nova experiência é uma oportunidade de crescimento pessoal, independentemente do resultado romântico.

Ao longo deste artigo, exploramos a complexa jornada de buscar um parceiro romântico e as implicações emocionais que essa busca pode ter em nossa saúde mental. Como psiquiatra, tenho visto inúmeras vezes como a pergunta “Por que eu não consigo ninguém?” pode desencadear ansiedade e depressão. No entanto, também testemunhei como essa jornada pode se tornar uma oportunidade incrível de crescimento pessoal e autodescobrimento.

Seu parceiro está te esperando do outro lado

Sim, toda panela tem sua tampa. E a sua tá guardada te esperando! Porém, não dá para começar, sem ter você com você mesmo. Sem essa autoconsciência e conexão profunda. Por isso, costumo dizer aos meus pacientes: “O relacionamento mais importante que você terá na vida é com você mesmo. Cultive-o com carinho e os outros relacionamentos seguirão naturalmente.

Se você está se sentindo sobrecarregado pela busca de um parceiro, não hesite em buscar ajuda profissional. A terapia pode oferecer ferramentas valiosas para navegar por esses desafios emocionais e ajudá-lo a construir uma base sólida para relacionamentos futuros.

Lembre-se, cada pessoa tem sua própria vida única. Não há prazo ou cronograma para encontrar o amor. O mais importante é viver uma vida plena e autêntica, cultivando relacionamentos significativos em todas as esferas da vida, sejam eles românticos ou não.

Esteja aberto às possibilidades, mas não deixe que a busca por um parceiro defina sua felicidade ou seu valor. Você é completo e valioso por si só. Com paciência, autocuidado e uma mente aberta, você estará bem posicionado não apenas para encontrar um parceiro, mas para construir um relacionamento saudável e gratificante quando o momento certo chegar.

E lembre-se, eu e toda a equipe de psicólogos do Instituto Alceu Giraldi estamos aqui para ajudar se você precisar de mais orientação. Cuide-se e seja gentil consigo mesmo.

Dr. Thiago Dias

Dr. Thiago Dias

Médico Psiquiatra, Terapeuta Gestalt e Co-fundador do Instituto Corpo & Mente. Após muitos anos trabalhando com patologias mentais e ajudando seus clientes a voltarem para sua vidas, compreendeu que o sucesso de seus pacientes acontece quando olham para a saúde, qualidade de vida e bem-estar. Assim, facilitando o tratamento e remissão.

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